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Penso que Portugal começou a dar os primeiros passos – e esperemos que sejam firmes – no necessário roteiro da mobilidade elétrica em direção a um futuro sustentável nas suas várias vertentes. A seguir damos alguns exemplos demonstrativos desta nova realidade, que chegou com desejos de continuidade e que está em crescente aceleração (e, desta vez, livre de emissões).
Como desenvolver e disseminar a inteligência urbana? A meu ver, «pensando no cidadão». Para tal, penso que nos devíamos focar nos diversos temas como a Inovação Social, a Energia, o Ambiente, a Mobilidade, a Boa Governança e as Infraestruturas. Todos estes conceitos fazem parte do ecossistema da inteligência urbana para melhorar a qualidade de vida. E não nos esqueçamos da inclusão de outros tipos de territórios, não urbanos.
Importantíssimo e obviamente necessário é investir nas infraestruturas de transporte, tornando-as atrativas e incentivando a utilização dos transportes públicos.
A seguir vamos ver algumas iniciativas muito recentes implementadas em Portugal.
O último exemplo vem da empresa portuguesa Caetano Bus, fabricante de um inovador autocarro 100% elétrico e urbano denominado e.City Gold, que se destaca pelo seu inovador design citadino e, em especial, pela ausência de emissões de CO2.
Significa que, no percurso pela luz e pelas colinas de Lisboa, não só poderemos desfrutar dos tradicionais elétricos como agora também dos autocarros elétricos, limpos e sustentáveis. Não esqueçamos, contudo, que falta ainda percorrer um longo caminho até à ausência de emissões de CO2.
A partir de outubro e durante 3 meses poderemos utilizar o autocarro elétrico e.City Gold em Lisboa, fruto de um acordo com a Carris, a empresa de transportes públicos de Lisboa. E a iniciativa não se fica por Lisboa: em breve está prevista a utilização deste autocarro e a realização de testes noutras cidades portuguesas como Aveiro, Porto e Braga.
No mapa português, além da capital, outras cidades como Cascais dão passos firmes e seguros, apostando em estratégias de mobilidade urbana. Desta forma, Mobi Cascais é o próximo sistema de gestão de mobilidade integrada do município de Cascais, que visa disponibilizar aos cidadãos mais autocarros, facilidades de estacionamento e bicicletas em regime de partilha.
Nas palavras de Carlos Carreiras, o Presidente da Câmara Municipal de Cascais,
"Uma cidade onde os cidadãos não se podem movimentar não é uma cidade democrática."
O exemplo português de Cascais será, em breve, uma referência para a gestão integrada da mobilidade em Portugal.
Alguns números: através deste projeto pioneiro, até finais de 2017, Cascais vai ter 1280 lugares de estacionamento automóvel gratuito junto às estações de comboios, 70 quilómetros de ciclovias (atualmente há 20 quilómetros) e 1200 bicicletas normais e elétricas (Bicas) em regime de partilha, além de novos autocarros (entre eles o Surf Bus, destinado exclusivamente a surfistas). O novo sistema contará com uma plataforma online inteligente que permite informar sobre a disponibilidade de bicicletas e lugares, informação do estado do aluguer, alarme antivandalismo e videovigilância.
Bem sabemos: o desafio é difícil, mas imprescindível. Vejamos um projeto universitário recente denominado U-Bike Portugal, que integrará bicicletas elétricas e convencionais em 15 instituições de ensino superior de Portugal.
No âmbito deste inovador projeto orientado para a comunidade académica serão compradas 3234 bicicletas, das quais, 2096 são elétricas e 1138 são convencionais, com um investimento superior a 6 milhões de euros, financiados pelo programa POSEUR. O Projeto U-Bike está integrado no Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) e visa promover a mobilidade em bicicleta nas comunidades académicas. O objetivo é que, até ao ano de 2018, sejam percorridos mais de 2.412.141 km em bicicleta e, assim, gerar economias de energia de 166,34 tep (toneladas equivalentes de petróleo) e uma redução das emissões de dióxido de carbono de 505 tCO2eq (toneladas equivalentes de CO2).
O projeto U-Bike é adaptado às necessidades, à dimensão e à localização de cada universidade. Por exemplo, a Universidade da Beira Interior (UBI) participa neste projeto com 100 bicicletas elétricas. O objetivo é a alteração dos comportamentos relativos às opções de mobilidade entre a comunidade académica, promovendo a mobilidade elétrica ciclável, em detrimento do uso do transporte individual motorizado.
O primeiro corredor elétrico de carregamento rápido de veículos em Portugal (Lisboa-Algarve) com quatro postos de carregamento rápido foi inaugurado em agosto e permite viajar de Lisboa ao Algarve num veículo elétrico sem o risco de ficar sem carga elétrica.
O objetivo do governo é instalar 50 novos postos de carregamento rápido em todo o país até finais de 2016. A ambição do governo, nas palavras do Ministro do Ambiente Matos Fernandes, que inaugurou o primeiro corredor elétrico de Portugal, é que «dentro de dez anos, 10% dos veículos existentes em Portugal sejam veículos elétricos, pelo que, para atingir este objetivo, é necessário apostar nas infraestruturas de abastecimento, através da rede de mobilidade elétrica MOBI.E.».
Em rede partilhamos conhecimento, experiências, inovamos e acrescentamos valor. Aprendemos mais e melhor. Deste modo, as smart cities portuguesas uniram-se e formaram a rede RENER, que integra 46 cidades que partilham conhecimento em busca de soluções inovadoras, reinventando os espaços urbanos. A entidade gestora que coordena a rede é o centro de inovação INTELI. Fruto das excelentes relações e da partilha de valores, a RENER está geminada com a rede homóloga espanhola de cidades inteligentes RECI, criada em 2012 e que integra 65 cidades espanholas, também elas smart. Tirando partido do intercâmbio de conhecimento e de experiências, as redes ibéricas ajudaram a reformular os espaços urbanos em ambos os países. Projetos urbanos para promover a criatividade, a inovação, a sustentabilidade, a inclusividade, a participação do cidadão e a interligação.
Brevemente será realizado o lançamento oficial como associação do Cluster Smart Cities Portugal (sob a coordenação do centro de inovação INTELI), que juntará 50 entidades cujo objetivo comum é afirmar Portugal como palco de desenvolvimento e experimentação de tecnologias, produtos e sistemas de elevado valor acrescentado para as cidades inteligentes.