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Quarta-feira, dia 7 de outubro, começou em Madrid, na praça de touros Las Ventas, uma nova edição do South Summit, a mais importante conferência para empreendedores do sul da Europa e da América Latina. Durante três dias, empresas, investidores e startups partilharam experiências e criaram juntos sinergias no quadro da inovação aberta, um novo modelo de gestão de melhorias que promete mudar radicalmente o mundo dos negócios.
Tradicionalmente, o paradigma de inovação empresarial tem sido fechado. Ou seja, o departamento de I&D da empresa investigava e desenvolvia os seus próprios projetos e estes alcançavam o seu próprio mercado.
Não obstante, um novo modelo, menos linear, tem vindo a ganhar força durante os últimos anos. Foi o professor Henry Chesbrough, dos EUA, quem cunhou pela primeira vez a expressão «inovação aberta», que faz referência a uma gestão da inovação em que a empresa pode utilizar ideias tanto externas como internas para criar, desenvolver e comercializar os seus projetos.
Ou seja, a inovação aberta baseia-se na colaboração da empresa com agentes externos (universidades, empresas emergentes, centros de investigação…), com o objetivo de encontrar ideias de qualidade que ajudem a fortalecer o crescimento da empresa. Ou, como explicam os investigadores Rocío González-Sánchez e Fernando E. García-Muiña:
Para facilitar a implementação deste modelo, existem os chamados intermediários de inovação, que, nas palavras de Chesbrough, são «empresas que ajudam outras empresas a implementar os diversos elementos da inovação aberta». A sua função é conseguir – de uma forma independente e imparcial – que diferentes empresas possam contactar entre si para partilharem projetos, tecnologias e métodos de expansão.
Em suma, a inovação aberta promove a colaboração e a partilha de ideias. Por isso, as grandes empresas têm dedicado uma atenção cada vez maior à procura de startups de vanguarda que apresentem projetos inovadores, com as quais possam trabalhar lado a lado.
No setor energético, em campos como as energias renováveis, a mobilidade baseada no veículo elétrico (link para o artigo relativo ao carro elétrico do blogue) ou a eficiência energética há cada vez mais empresas emergentes dispostas a inovar e a arriscar, como algumas das cem finalistas desta nova edição do South Summit (Tera, Biomival, AEInnova, Bound 4 Blue…).
Seguindo esta filosofia de inovação aberta, e sempre com a intenção de desenvolver um novo modelo energético mais eficiente e sustentável, temos escolhido a conferência South Summit para apresentar a plataforma colaborativa Endesa Energy Challenges.
Assim, de acordo com Juan Antonio Garrigosa, diretor de Inovação da Endesa, o objetivo da Endesa Energy Challenges é ir propondo desafios tecnológicos à sociedade para que nos ajude a resolvê-los.
Em suma, a ideia é reunir as mentes mais inteligentes da sociedade e colocar-lhes diferentes desafios com o objetivo de desenvolver soluções sobre eficiência energética, para moldar dessa forma o futuro do setor energético.
Os dois primeiros desafios da Endesa Energy Challenges são um datathon e um hackathon, orientados para o desenvolvimento de novas soluções de negócio no cenário dos novos modelos de fatura elétrica e tarifa horária.
O ser humano produz e armazena dados de forma constante, em quantidades excessivas: transações, impostos, registos médicos, análises de redes sociais, etc. Segundo a União Europeia, geramos atualmente 1700 mil milhões de bytes por minuto. O tratamento dessas quantidades maciças de dados é o que se conhece como «Big Data».
A análise de dados a grande escala despertou um grande interesse em muitas empresas, que pretendem melhorar o rendimento dos seus serviços (como afirma o professor Viktor Mayer-Schönberger, autor do livro Big Data: A Revolution That Will Transform How We Live, Work, and Think, «os dados maciços são o novo ouro»).
Apesar disso, é habitual as empresas debaterem-se com grandes dificuldades relacionadas com a análise e o tratamento de volumes de dados tão grandes. A chave para resolver estes quebra-cabeças passa por saber como empregar a tecnologia «Big Data» da forma mais eficaz.
O datathon proposto pela Endesa foi concebido precisamente para especialistas em análise de dados maciços. É um desafio internacional de crowdsourcing, pioneiro no setor energético nacional espanhol, que decorrerá durante seis meses, entre outubro de 2015 e junho de 2016.
O objetivo dos participantes será analisar um conjunto de dados, com informações simuladas de consumo energético, para desenvolver aplicações, modelos de negócio ou qualquer outra proposta – orientada para o mercado de eletricidade espanhol – que satisfaçam as necessidades do cliente e aumentem o seu bem-estar.
Para o efeito, os participantes terão acesso a vários GB de dados de consumo – algo inédito até à data – e a ferramentas de análise avançadas. Como explica Ismael Pulido, do Departamento de Inovação da Endesa, no South Summit, «cada participante pode utilizar fontes de dados externas e um dos valores que esperamos obter é que as pessoas cruzem esses dados com outros que gerem valor». As melhores propostas receberão importantes prémios pecuniários.
Pelo seu lado, o hackathon será um desafio intensivo que se realizará em Madrid, nos dias 27 e 28 de novembro deste ano. Trata-se de um desafio aberto a programadores, designers e empreendedores orientado para a receção de propostas sobre otimização de recursos, eficiência e poupança energéticos, visando melhorar a experiência do consumidor.
As inscrições abrem a 15 de outubro. Dos inscritos, só quarenta poderão concorrer.
Nessa fase, uma equipa de especialistas coordenará os trabalhos dos participantes utilizando métodos de inovação modernos, como o Design Thinking. Segundo o professor Tim Brown, que foi quem generalizou o conceito de Design Thinking, esta disciplina «usa a sensibilidade e os métodos dos designers para fazer coincidir as necessidades das pessoas com o que é tecnologicamente viável e com aquilo que uma estratégia viável de negócios pode converter em valor para o cliente e numa oportunidade para o mercado».
Tanto o datathon como o hackathon serão lançados através de www.endesaenergychallenges.com